RODAS DE CONVERSA

O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Carlos Drummond de Andrade

            Inspirados por esse pensamento, os profissionais da EMEF Guilhermina Mertins se puseram a pensar em formas de intensificar o diálogo entre a escola e as famílias, objetivando criar linhas de pensamento que convertam em práticas comuns entre essas instituições. Estender aos pais as questões que tem inquietado os educadores, no que diz respeito ao desenvolvimento integral das crianças, é uma forma de pensarmos juntos em ações e manejos adequados. Dessa forma, além de acolher as inquietações do pais sobre seus filhos, e de ampliar o conhecimento deles sobre a dinâmica do desenvolvimento infantil, pensamos ser esse espaço uma oportunidade de crescimento também para os profissionais da educação, na medida em que estes se apropriam da fora de pensar das famílias. 

            O primeiro encontro ocorreu no dia 27 de agosto e contou com uma participação expressiva dos pais. A temática deste encontro foi a importância dos pais acompanharem as atividades das crianças no meio virtual, especialmente Facebook, WhatsApp e jogos on-line. Os pais interagiram com a proposta, colocando suas experiências e preocupações em relação ao assunto, mostrando-se receptivos a proposta.

            O próximo encontro será organizado a partir de um assunto sugerido pelos pais, de forma a valorizar suas contribuições. A periodicidade da atividade está prevista para ser trimestral, podendo ser intensificada conforme a adesão dos pais.  

Corpo de Bombeiros na Escola Guilhermina

          A manhã do dia 12 de agosto foi de muito aprendizado e significativas experiências para as turmas do 3º, 4º e 5º anos. As professoras Jaquelini Rodrigues (3º e 4º anos) e Cíntia Dhein (5º ano), convidaram o Corpo de Bombeiros Voluntários do município de Estância Velha, para conversarem com as turmas sobre prevenção de incêndios e cuidados a serem tomados na ajuda de vítimas de acidentes e desmaios. As turmas que estão estudando sobre o corpo humano (3º e 4º anos) e sobrevivência (5º ano), aprenderam com a soldado Bárbara e o bombeiro voluntário Michel, como realizar os primeiros socorros à pessoas que sofreram algum tipo de acidente, antes da chegada da ambulância. Segurar o pescoço com firmeza, colocar talas, levantar as pernas em caso de desmaio para ativar a circulação sanguínea, foram algumas das dicas.

Na área externa da escola, os alunos foram desafiados a vestir uma roupa apropriada, usada no combate a incêndios e aprenderam a controlar o fogo no caso de vazamento de gás em suas casas.

Conhecer o caminhão utilizado pela equipe também foi muito legal!!

Orientação

Os alunos do 5º ano estão desenvolvendo um projeto sobre sobrevivência. Um dos temas desse projeto é a sobrevivência perante a natureza e uma das etapas de aprendizagem é a sobrevivência na mata.

Um dos conteúdos básicos para essa aula é saber se orientar e utilizar os instrumentos necessários para isso como a bússola, e pensar estratégias de localização. Sendo assim, nas aulas de Educação Física estamos estudando maneiras de localização na natureza, sendo elas utilizando a própria natureza para isso como o sol e a localização de musgos nas árvores e também aprendendo a utilizar equipamentos próprios de localização como a bússola.

E numa aula em meio a natureza colocamos os nossos conhecimentos em prática. O desafio era localizar objetos utilizando somente a orientação pela bússola e contagem de passos. A turma foi dividida em dois grupos e cada grupo teve que montar um percurso para o outro. Depois de muito raciocínio, conseguimos nos localizar!

 

  Cultura africana e afro-brasileira

No dia 02 de julho deste ano tivemos a oportunidade de receber a professora Lisiane Rodrigues Moresco em nossa escola. A palestra abordou a temática de como trabalhar a cultura africana e afro-brasileira na educação de crianças e adolescentes. Lisiane salientou que gostaria que estes temas não fossem trabalhados apenas no dia da consciência negra, mas que ao longo do ano os professores buscassem trazer a influência destas culturas no cotidiano. A palestrante ressaltou a importância desta valorização, pois são culturas “nossas”, e chamou a atenção para a diversidade dessa influência: música, alimentação, brincadeiras, práticas religiosas, hábitos, entre outras coisas.

            O trabalho do educador na abordagem destes temas, segundo ela, é o de destacar esta influência, pois muitos conteúdos e práticas já fazem parte do currículo escolar. Entretanto, muitas vezes suas origens não são indicadas e valorizadas, como por exemplo: pular corda, jogar Escravos de Jó, brincar de roda, comer feijão, o costume de utilizar a farinha nas refeições, práticas religiosas, comemorações, etc. Foi apresentada uma das expressões culturais de origem africana praticada no Brasil que mistura dança, religião e história: o “Maracatu”, com sua dramaticidade e influência religiosa. Assistimos a vídeos e escutamos o relato da palestrante, a qual integra um grupo de Maracatu em Porto Alegre.

      Cabe destacar que Lisiane provocou experiências interessantes no grupo de professores: demonstrou a confecção de bonecas que trazem boas energias e são fáceis de fazer, utilizando tecidos; propôs uma vivência de uma dança circular com o grupo, com palavras e marcações de ritmo; ensinou os professores a fazer turbantes, os quais constituem uma influência da cultura africana no modo de vestir. Esta palestra foi muito interessante devido à empatia e energia da professora convidada e devido ao caráter prático da discussão, afetando e mobilizando o grupo para a questão proposta.

Sobrevivendo à Trilha

O 5º ano escolheu como temática de estudo a Sobrevivência. Para entender como sobrevivem animais e plantas em meio a mata fechada e próximos  do Arroio Morada do Sol, que por alí passa contaminado por esgoto e resquícios de lixo deixado por humanos e trazido pelo próprio arroio, a turma fez uma trilha que partiu da divisa entre Ivoti e o município de Lindolfo Collor, às margens do Arroio anteriormente mencionado.

Ao longo da trilha guiada pelos responsáveis pelo CEAMI, Fábio e Suzana, os alunos observaram espaços com ar e água ainda puros, percebido pela presença de líquem nos caules da árvores, pegadas de animais como o mão pelada e sons de pássaros que habitam o local. Mas a presença de lixo espalhado chamou atenção de todos e gerou preocupação com a sobrevivência de peixes e de todas as espécies que se alimentam por ali.

No CEAMI, a turma montou um terrário em garrafa PET, composto por terra preta, algumas mudinhas de samambaia e animais encontrados na terra como minhocas, formigas, centopeias e cascudinho de jardim. Nesse terrário é possível observar o processo de produção de alimentos das plantas através da fotossíntese, assim como a sobrevivência delas e dos animais ali deixados.

Todos aprenderam muito!!

trilha - Kizoa Video Maker