Cultura africana e afro-brasileira
No dia 02 de julho deste ano tivemos a
oportunidade de receber a professora Lisiane Rodrigues Moresco em nossa escola.
A palestra abordou a temática de como trabalhar a cultura africana e
afro-brasileira na educação de crianças e adolescentes. Lisiane salientou que
gostaria que estes temas não fossem trabalhados apenas no dia da consciência
negra, mas que ao longo do ano os professores buscassem trazer a influência
destas culturas no cotidiano. A palestrante ressaltou a importância desta
valorização, pois são culturas “nossas”, e chamou a atenção para a diversidade
dessa influência: música, alimentação, brincadeiras, práticas religiosas,
hábitos, entre outras coisas.
O trabalho do educador
na abordagem destes temas, segundo ela, é o de destacar esta influência, pois
muitos conteúdos e práticas já fazem parte do currículo escolar. Entretanto,
muitas vezes suas origens não são indicadas e valorizadas, como por exemplo:
pular corda, jogar Escravos de Jó, brincar de roda, comer feijão, o costume de
utilizar a farinha nas refeições, práticas religiosas, comemorações, etc. Foi
apresentada uma das expressões culturais de origem africana praticada no Brasil
que mistura dança, religião e história: o “Maracatu”, com sua dramaticidade e
influência religiosa. Assistimos a vídeos e escutamos o relato da palestrante,
a qual integra um grupo de Maracatu em Porto Alegre.
Cabe
destacar que Lisiane provocou experiências interessantes no grupo de
professores: demonstrou a confecção de bonecas que trazem boas energias e são
fáceis de fazer, utilizando tecidos; propôs uma vivência de uma dança circular
com o grupo, com palavras e marcações de ritmo; ensinou os professores a fazer
turbantes, os quais constituem uma influência da cultura africana no modo de
vestir. Esta palestra foi muito interessante devido à empatia e energia da
professora convidada e devido ao caráter prático da discussão, afetando e
mobilizando o grupo para a questão proposta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário